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quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Back to Kenya!

Tudo começou em Abril, quando estavamos em Flagstaff, EUA, num estágio em altitude. 
Não conhecíamos os percursos e a melhor maneira de saber onde correr seria entrar em contacto com um grupo de atletas polacos que conhecia bem o local. Criámos amizade com aquele grupo, ao qual pertence Marcin Lewandowski, várias vezes campeão europeu, mas estavam de saída e só tivemos oportunidade de estar com eles 3 dias. Com isto, o meu treinador Pedro Rocha, entrou em contacto com o treinador e irmão do Marcin,  Tomasz Lewandowski, para saber qual o plano anual de estágios e se podíamos integrar o seu grupo de treino.

    Assim, e seguindo este grupo polaco, decidimos vir até ao Kenya, o local perfeito para um estágio em altitude durante a época de inverno, onde poderíamos treinar em conjunto. 

    Tudo combinado e viagem marcada para o dia 3 de Janeiro, dia do meu 26º aniversário. Equipamentos, suplementação, malas, treino até casa dos pais para cantar os parabéns, seguidos de uma despedida e o dia passou "a correr". Encontrei-me com o Samuel Barata no aeroporto de Lisboa ao final da tarde (o Hugo Rocha que era suposto vir também, lesionou-se recentemente, e por isso ficou em Portugal), apanhámos o avião com destino a Eldoret, com escalas no Dubai e Nairobi. 
    Chegados a Eldoret, tínhamos um queniano à nossa espera para nos levar até Iten (local onde fica o centro de estágio), guardámos a bagagem e levámos mais uma hora de viagem até ao centro de treino em altitude (HATC).

    Primeira situação caricata: o motorista encosta a meio da viagem, já de noite, junto a um carro parado, sai do carro e quando volta diz que o outro não tinha gasolina. O condutor do nosso carro quis ajudar e fomos até a umas bombas buscar combustível para o ajudar. Perguntámos se era amigo do motorista, ao que ele responde: "não conheço, mas vi que ele precisava de ajuda." 

    Aqui, ainda têm o cuidado de parar para ajudar o próximo... faz lembrar aquelas pequenas aldeias do interior do nosso país, mas numa escala muito maior. Dá que pensar... 
    Ao final de 25 horas de viagem, lá chegámos ao destino final, jantámos e só queríamos ir dormir, afinal de contas vamos ter um mês em grande, com experiências novas e muito treino. 
     Passados 3 anos volto a um dos melhores sítios para treinar do mundo, desta vez acompanhado pelo meu amigo Samuel Barata! Será, sem dúvida, uma aventura diferente daquela que tive em 2015. Fiquem atentos! 
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